Luis Castro encaminha acerto para assumir o Grêmio em 2026: salários definidos, comissão ajustada e reunião final marcada
O Grêmio está muito perto de anunciar oficialmente o técnico Luis Castro como comandante para a temporada de 2026. Depois de dias de negociações intensas envolvendo valores, projeto esportivo e composição da comissão técnica, o treinador português deu sinal verde para assumir o clube. Segundo apuração interna, tudo está acertado, restando apenas uma reunião final marcada para hoje, que servirá para ajustar detalhes contratuais antes da assinatura.
A chegada de Luis Castro representa um movimento importante da nova direção tricolor, liderada por Paulo Pelaipe, que assumiu com a missão clara de reconstruir o departamento de futebol e reorganizar a equipe após anos de instabilidade.
Salário e valores já definidos: custo semelhante ao de Renato Portaluppi
Um dos pontos que mais chamou atenção ao longo das negociações foi o custo do treinador. Luis Castro sempre foi descrito como um técnico caro, mas o Grêmio conseguiu um acordo em patamares considerados viáveis. A proposta fechada gira em torno de R$ 1,9 milhão, valor que engloba treinador e comissão técnica — praticamente o mesmo custo que o clube tinha com Renato Portaluppi.
Quando comparado a Mano Menezes, que deixa o cargo, o valor representa cerca de 20% a mais, mas com um projeto que promete maior modernização tática e metodológica dentro do clube.
Comissão técnica: pedido inicial de seis membros cai para quatro a cinco
Durante as conversas, Luis Castro solicitou inicialmente uma comissão composta por seis profissionais, número considerado elevado pela direção tricolor. Após ajustes, ficou decidido que o grupo terá entre quatro e cinco membros, acordo visto como satisfatório tanto para o treinador quanto para o departamento de futebol.
Esse processo de negociação consolidou o entendimento de que o clube precisava ajustar custos sem deixar de proporcionar estrutura adequada ao novo comandante.
Por que o Grêmio escolheu Luis Castro?
A indicação de Luis Castro sempre foi ligada ao estilo de jogo que o Grêmio busca implementar. Embora seu currículo não seja recheado de títulos expressivos — com conquistas como a Taça Emir do Catar e a segunda divisão portuguesa — sua metodologia moderna, organização tática, capacidade de desenvolvimento individual e gestão de grupo pesaram na escolha.
O ponto de maior destaque, no entanto, foi o trabalho que realizou no Botafogo, no início da SAF. O time, mesmo sem o elenco estelar que teria posteriormente com Arthur Jorge, Thiago Almada e Igor Jesus, apresentava um futebol competitivo, intenso e com comportamentos táticos muito bem definidos.
Para muitos analistas e torcedores, Luis Castro deixou o Botafogo no caminho do título brasileiro daquele ano. Após sua saída, a queda de desempenho sob Bruno Lage e, depois, Thiago Nunes, reforçou ainda mais a sensação de que o português estava conduzindo um projeto sólido.
A polêmica da saída para o Al-Nasser: crítica justa ou exagerada?
Um dos argumentos usados por críticos é a decisão de Luis Castro de deixar o Botafogo para assumir o Al-Nasser e treinar Cristiano Ronaldo. Porém, para a direção do Grêmio, isso não pesa negativamente.
Afinal, a proposta salarial era dez vezes maior e envolvia a chance rara de comandar um dos maiores jogadores da história. No mercado do futebol, movimentos assim são naturais. A leitura interna é simples: qualquer profissional, diante de uma oferta desse porte, consideraria a mudança.
Paulo Pelaipe age rápido e muda o rumo da temporada
O novo executivo de futebol do Grêmio, Paulo Pelaipe, mostrou agilidade e firmeza em suas primeiras horas no cargo. Após assumir formalmente ontem, ele comunicou Mano Menezes de que o ciclo não continuaria e, já hoje, encaminhou a contratação do novo treinador português.
A definição rápida agrada torcedores e conselheiros, que destacam a importância de antecipar decisões estruturais para que o planejamento de 2026 não seja comprometido.
O grande desafio de Luis Castro: tirar o Grêmio da pior fase da década
A missão que aguarda Luis Castro não é simples. O Grêmio atravessa uma das piores fases esportivas dos últimos dez anos. Entre rebaixamento, temporadas instáveis e campanhas decepcionantes no Brasileirão, o clube não alcança performance de alto nível desde o “ano de exceção”, com a presença de Luis Suárez em 2023.
Para piorar, nas últimas duas temporadas o Tricolor não somou nem 100 pontos somados no Brasileirão, reforçando o tamanho do desafio.
A expectativa é que a chegada do português marque o início de uma mudança profunda na forma de jogar e na mentalidade competitiva.
Cenário: torcedores divididos, mas curiosos com a mudança de paradigma
A contratação de um técnico estrangeiro de metodologia moderna é vista com entusiasmo por muitos torcedores — especialmente aqueles cansados do modelo reativo que marcou o fim da passagem de Mano Menezes. Outros, porém, demonstram preocupação com a falta de grandes títulos no currículo de Luis Castro.
Apesar disso, dentro do clube há muita confiança no projeto. O entendimento é claro: o Grêmio precisa evoluir, precisa se reinventar e precisa de uma nova proposta de jogo.
Opinião do Grêmio Copero Histórico
Para o Grêmio Histórico, a possível chegada de Luis Castro representa uma aposta ousada, mas necessária. O Grêmio precisa romper com ciclos de acomodação e apostar em profissionais com ideias novas, principalmente em um cenário onde o futebol brasileiro exige cada vez mais agressividade, intensidade e controle de jogo.
Se confirmado, Luis Castro terá total capacidade de recolocar o clube em um caminho competitivo, desde que receba suporte, tempo e autonomia para implementar suas ideias.