Tricolor sente falta de um volante de imposição no estilo Dinho e China para equilibrar o meio-campo
O Grêmio segue no mercado em busca de um camisa 5 de características bem definidas, aquele volante de imposição, leitura defensiva e liderança silenciosa — o chamado xerifão, perfil que marcou época com nomes como Dinho e China no clube. A ausência desse tipo de jogador ainda pesa em jogos de maior exigência física e tática.
Mesmo com opções no elenco, o Tricolor não encontrou até agora um volante capaz de oferecer proteção constante à defesa, controle do espaço central e segurança sem a bola, elementos fundamentais para sustentar o sistema defensivo e liberar os jogadores mais técnicos do meio-campo.
Cuéllar pode ser solução, mas depende da condição física
Entre os nomes observados, Cuéllar ainda surge como possibilidade — desde que consiga superar os problemas físicos que têm limitado sua sequência recente. Se alcançar regularidade e recuperar o nível apresentado no Flamengo, quando foi um dos volantes mais dominantes do futebol brasileiro, o colombiano reúne exatamente as características que o Grêmio procura.
Força física, intensidade na marcação, boa leitura defensiva e experiência em jogos decisivos fazem de Cuéllar um encaixe ideal no papel. A grande dúvida está na capacidade de sustentar uma temporada com alto número de partidas, algo essencial para um setor que exige constância.
Noriega desponta como alternativa jovem e promissora
Outro nome que chama atenção é Noriega, jovem e talentoso volante peruano. Apesar de ter atuado em vários momentos mais recuado, quase como zagueiro, sua posição original é a de camisa 5, função em que se destaca pela leitura de jogo, posicionamento e combatividade.
Noriega representa um perfil diferente: menos experiência, mas maior margem de crescimento, além de possível retorno esportivo e financeiro. Sua capacidade de proteger a linha defensiva e jogar de forma simples pode atender à necessidade imediata do Grêmio, ao mesmo tempo em que se encaixa em um projeto de médio prazo.
Falta ao Grêmio equilíbrio e presença no setor central
A busca por um volante de contenção não é apenas uma questão de nomes, mas de modelo de jogo. O Grêmio precisa de um jogador que sustente o meio-campo, reduza espaços e permita que o time seja mais competitivo em confrontos de alto nível.
Entre a aposta em um nome experiente como Cuéllar e a projeção de um talento jovem como Noriega, o clube avalia caminhos distintos, mas com o mesmo objetivo: reencontrar um camisa 5 confiável, capaz de devolver solidez e identidade ao setor central.

