O que aconteceu no Nilton Santos
O duelo entre Botafogo e Grêmio pelo Brasileirão mostrou claramente duas histórias distintas num mesmo jogo. O Tricolor entrou com uma formação alternativa, proposta mais cautelosa e acabou pagando caro pela postura nos primeiros 45 minutos. O Botafogo aproveitou o ritmo, o mando de campo e a hesitação gremista para construir vantagem ainda no início da partida.
Aos 14 minutos, Savarino acertou o travessão e, na sequência, Artur finalizou para defesa de Volpi. No rebote, Cuiabano, livre na pequena área, empurrou para o gol. Apenas quatro minutos depois, Artur recebeu em profundidade, deixou Gustavo Martins para trás e ampliou para os cariocas. O Grêmio pouco criou, com André arriscando aos 37 minutos para fora, na única chegada de perigo.
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Melhora na segunda etapa
O cenário mudou após o intervalo: o Grêmio voltou mais agressivo, marcou aos 4 minutos e cresceu na partida, pressionando o Botafogo e buscando a reação. A postura foi outra, mas a defesa voltou a falhar no momento decisivo. Aos 38, Marçal fez o terceiro e Carlos Vinícius ainda descontou aos 44, mas já não havia tempo para reação.
Agora, o time de Mano Menezes retorna a Porto Alegre sem pontos e precisa reorganizar rapidamente o sistema defensivo para enfrentar o Palmeiras na Arena.
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Opinião do Grêmio Histórico
A derrota passa diretamente pela estratégia inicial. Mano Menezes entrou com um time menos competitivo do que o jogo exigia. Fora de casa, contra um adversário direto na tabela, o Grêmio não pode começar uma partida esperando para reagir depois do prejuízo técnico.
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Mais do que falhas individuais, o erro foi coletivo: linha defensiva mal encaixada, meio-campo pouco agressivo e ausência de transição produtiva. Quando o time subiu de produção na segunda etapa, já estava correndo atrás do placar – e essa tem sido uma repetição preocupante em 2025.
Se o Grêmio quiser terminar o Brasileirão com dignidade e construir bases para um 2026 mais competitivo, precisa de ideia de jogo clara, postura desde o apito inicial e ajustes urgentes na compactação defensiva.
Contra o Palmeiras, o Imortal terá a chance de mostrar que aprendeu com o castigo.
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